segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Carta ao amigo


  Querido amigo, parafraseando pequeno príncipe te digo que quando eu te conheci você era só alguém e eu resolvi te fazer alguém importante pra mim.
  Vi em você qualidades tantas, e pontencial pra dissolver a solidão... Vi que poderias me subtrair longas tardes de tédio com aguçadas conversas sobre a vastidão de idéias que borbulham em nossas mentes jovens... Vi que poderíamos compartilhar nossas preferências musicais espertas a despeito do que fede... e sempre concordamos nisso... Vi que à  dureza de nossas teorias nasceria um novo mundo governado por ferro e aço, eu que gosto da utilidade do aço e você que não se curva sem se quebrar como o ferro...
  Amigo, fui calculista ao te escolher pois não sei analisar as possibilidades despida de frieza... e o que era decisão, por um acaso, virou amizade...
  Mas amigo, eu esqueci de me certificar se há calor na sua voz quando me consola, se há conforto em seus braços quando me abraçam, e se eu posso deitar no seu colo pra fazer jorrar a dor vez por outra... eu me esqueci amigo, que sou gente, e como gente eu também preciso...
  Então amigo, que agora eu amo, eu te peço pra não me falar verdades quando eu preciso de um olhar de condescendência ... pra não se calar por respeito quando eu preciso de um sermão... pra não se esquecer de mim quando eu preciso que você se lembre... Amigo, o que eu quero ás vezes é só que você releve, me olhe placidamente malgrado minha obscena inocência e sinta afeição por tanta ingenuidade... o que eu quero amigo é que você me regue e me cultive como um dia eu fiz com você, por que hoje eu não mais preciso de sua inteligência e seu senso crítico pra aparar minhas arestas ... Como gente ,amigo, eu aprendi a precisar só de você.

Um comentário:

  1. Oh, e quem nunca sentiu isso tudo numa amizade? Curti esse post.
    Abração,
    Gabi

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